sexta-feira, fevereiro 17, 2006

CRITICA GEOGRAFICO-CINEMATOGRAFICA

Hoje de manha discutia-se no meu gabinete que filme e que vamos ver na proxima quarta feira, pela primeira vez em muitos meses ha varios que todos queremos ver: Munique, Syriana, Good Night and Good Luck e A Cock and Bull Story.
Decidimos dar uma voltinha pelo IMDB, para ajudar a escolha, e deparamo-nos com este magnifico comentario sobre o Syriana:
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"wow this is my first post ever, thanks for replying. I was hoping their would be some guy that disagreed so i could argue with them lol, but your right some people did walk out, was almost did too but it was too late to go see another movie. Im actually Iranian and for me not enjoy this movie must mean theirs something wrong with it. "
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Parecendo que nao, isto deixou-me muito contente. Da proxima vez que for preciso desempatar a escolha do que vamos ver posso sempre dizer: "Im actually Portuguese and for me not enjoy this moovie must mean theirs something wrong with it", com erros ortograficos e gramaticais incluidos. E ate pode ser que cole. As pessoas que estao habituadas a discutir usando argumentos racionais costumam ficar confundidas quando recorremos a estas tacticas de choque, o cerebro delas processa as respostas parvas e o desconversanco como informacao logica e faz shut down-ficam completamente a nossa merce, quais coelhos bravos encandeados pelos farois de um carro.
Corro sempre o risco de um dia destes ser convidade para escrever critica cinematografica para o Expresso, onde ja li comentarios cuja linha de raciocinio e a relacao entre o conteudo da critica e do filme eram ainda mais tenues que as do jovem iraniano do IMDB. Quando vivia em Portugal e ia ao cinema com alguma regularidade costumava jogar um jogo com o meu marido: um de nos lia em voz alta a seccao de cinema do Expresso omitindo os titulos dos filmes, e o outro tentava adivinhar qual era a critica que correspondia ao ultimo filme que tinhamos visto. De vez em quando acertavamos.

5 Comments:

At 3:23 da tarde, Blogger fantasma said...

LOL! Ele há com cada uma....

 
At 4:45 da tarde, Blogger POS said...

Olá, Joana (exilada em Londres),

Aqui vai o resumo, muito resumidinho, sobre o que se passou no "24 Horas". Cerca de um mês depois de o jornal ter publicado uma notícia, com base em listagens de telefonemas fornecidas à justiça pela PT, em que se dava conta de terem sido controlados telefonemas do presidente da República e de outras individualidades da vida pública, a Polícia Judiciária efectuou, anteontem, uma busca à redacção do dito jornal. Controlaram os computadores dos jornalistas e apreenderam o do redactor que assinava a dita notícia. O mesmo sucedeu em relação ao outro responsável pela notícia, um free-lancer que vive no Alentejo (também lhe apreenderam a máquina). Foram constituídos arguidos, juntamente com o director do jornal.

O problema, a meu ver, é que se abre um precedente muito perigoso, que é o de combater um problema da justiça (as fugas de informação) atacando o mensageiro (os jornais). Além do caso em apreço, os computadores podem conter informação relativa a outros assuntos, contactos de fontes, etc., etc.. Ora, este tipo de acção contribui, inevitavelmente, para que as fontes de informação se retraiam, o que, por variados motivos, pode retirar aos media capacidade de exercer a acção fiscalizadora que lhes cabe, na sociedade. (não quero dizer, evidentemente, que o sigilo profissional seja uma fonte de impunidade, porque, em verdade, é um instrumento muito sensível, que garante a protecção de fontes, transferindo para os jornalistas o ónus que possa haver).

Resumindo e concluindo, o Zezinho roubou uma maçã no pomar do sr. Zacarias e deu-a ao Joãozinho. O Joãozinho, que gostava de maçãs, foi comê-la à sombra de um carvalho e, no momento em que se preparava para dar a segunda dentada no fruto, levou uma valente paulada nas costas. Era o lavrador Zacarias, que assim julgava salvar a integridade do seu verdejante pomar.

Espero ter esclarecido alguma coisa :-)

 
At 4:52 da tarde, Blogger Joana said...

oh sim, obrigada

 
At 9:34 da tarde, Anonymous Anónimo said...

ena, que jogo interessante, esse de que falas.

 
At 11:29 da tarde, Blogger Patrícia said...

Olha, quando fui ver o Munich também sairam pessoas a meio, e o gajo à minha frente dormia. Devia ir à espera do Guerra dos Mundos II.
Ontem fomos ver o Syriana e ninguém saiu... se calhar não estavam lá iranianos;)
Gostei dos dois... acho que gostei mais do Munich, mas são filmes bem diferentes e à sua maneira valem bem a pena os dois.
Gosto do jogo dos cinemas... mas devem ser mais as vezes que erram do que acertam, não?

 

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