terça-feira, abril 25, 2006

UM POEMA PARA O 25 DE ABRIL

O Portugal futuro é um país
onde o puro pássaro é possível
e sobre o leito negro do asfalto da estrada
as profundas crianças desenharão a giz
este peixe de infância que vem na enxurrada
e me parece que se chama sável
Mas desenhem elas o que desenharem
é essa a forma do meu país
e chamem elas o que lhe chamarem
Portugal será e lá serei feliz
Poderá ser pequeno como este
ter a oeste o mar e a Espanha a leste
tudo nele será novo desde os ramos à raíz
À sombra dos plátanos as crianças dançarão
e na avenida que houver à beira-mar
pode o tempo mudar será verão
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz
mas isso era o passado e podia ser duro
edificar sobre ele o Portugal futuro

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Ruy Belo, O Portugal Futuro
Imagem: Maria Elena Vieira da Silva, A Poesia Esta na Rua

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EU VI O "AGORA A POESIA ESTA NA RUA", no blog da Metis e achei que era a imagem perfeita para complementar o poema do Ruy Bello. Tive pena de nao me ter lembrado desse quadro antes.

THE SOLARIS POEM

And Death Shall Have No Dominion

And death shall have no dominion.
Dead men naked they shall be one
With the man in the wind and the west moon;
When their bones are picked clean and the clean bones gone,
They shall have stars at elbow and foot;
Though they go mad they shall be sane,
Though they sink through the sea they shall rise again;
Though lovers be lost love shall not;
And death shall have no dominion.

And death shall have no dominion.
Under the windings of the sea
They lying long shall not die windily;
Twisting on racks when sinews give way,
Strapped to a wheel, yet they shall not break;
Faith in their hands shall snap in two,
And the unicorn evils run them through;
Split all ends up they shan't crack;
And death shall have no dominion.

And death shall have no dominion.
No more may gulls cry at their ears
Or waves break loud on the seashores;
Where blew a flower may a flower no more
Lift its head to the blows of the rain;
Though they be mad and dead as nails,
Heads of the characters hammer through daisies;
Break in the sun till the sun breaks down,
And death shall have no dominion.
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Dylan Thomas

segunda-feira, abril 24, 2006

TA MAL!

O Queen's Lawn e apenas um rectangulo de relva que rodeia a Queen's Tower, a unica estrutura do edificio original do Imperial College que sobreviveu aos bombardeamentos da segunda guerra mundial, mas e o unico espaco verde do campus de South Kensington. Para quem nao sabe, o Imperial College e o maior complexo continuo de edificios da Europa, e possivelmente tambem um dos mais feios e cinzentos-pode ser mais ou menos descrito como um cubo de cimento de 250x250m-o Lawn e a tower sao das poucas coisas bonitas do campus. Na primavera e no verao e um sitio popular para apanhar sol e sede de tudo o que e acontecimento ao ar livre, desde concertos a manifestacoes estudantis contra a guerra do Iraque, passando por exibicoes de capoeira e kung fu, encontros ecumenicos de oracao,churrascadas , feiras do livro usado, vendas de bijutaria e tudo o mais que conseguirem imaginar.
Acontece que, a semelhanca de tudo quanto e instituicao publica britanica, a minha querida alma mater entrou numa voragem de contratacao de pessoal administrativos e neste momento nao tem espaco onde os por, ja nao ha lugar nem para mais um agrafo. Uma luminaria do firmamento burocratico que achou que uma boa maneira de resolver o problema seria construir uns pavilhoes pre fabricados no Queen's Lawn e despejar para la os recem contratados carimbadores de formularios e escrevdores de circulares, submeteu a proposta ao council de Chelsea e Westminster sem sequer consultar alunos, professores e funcionarios e agora e so aguardar pela permissao de construcao. Como a tudo isto foi feito a socapa e a sua existencia da proposta so foi devidamente divulgada alguns dias antes da data prevista para a decisao do council, neste momento a unica coisa que nos resta fazer e escrever mails-recebemos hoje de manha um a informar-nos que se quisermos levantar alguma objeccao usando o site do council de Chelsea e Westminster temos hoje ate as 5 da tarde para o fazer-como nao estamos em periodo lectivo, preve-se que a contestacao seja minima.
E nestas alturas que tenho pena de nao ser rapaz, se fosse ia todas as tardes depois do trabalho fazer xixi nas trazeiras dos pavilhoes-ja que nao me permitiram exprimir a minha indignacao de forma civilizada e adequada restava-me sempre a opcao de marcar o territorio como pertenca dos alunos

domingo, abril 23, 2006

Fotografia: Judy de Bustamante, El ultimo tango

quinta-feira, abril 20, 2006

OS MEUS $5 E QUE NAO LEVAM!

Forums Down Temporarily
Due to extreme site traffic, the BookCrossing Forums are temporarily closed to the public, and accessible only to logged-in members with Wings. If you need an immediate forums fix, you can get Wings right away with a $5 or higher purchase or donation at the BC Supply Store. Thank you for your patience.

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Mensagem no site Bookcrossing, o temporariamente ja dura ha 2 ou 3 dias.
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Eu acho perfeitamente justo que um site com as caracteristicas do Bookcrossing cobre pela sua utilizacao, no fim de contas esta a prestar um servico ao publico, mas estas tentativas encapotadas de extorsao deixam-me irritada. Ja bem bastou ha coisa de um ano a operacao coracao do " entao o Bookcrossing nao vale 17 centimos por semana?"

YEWA / NOSSA SENHORA DE MONSERRATE

No sincretismo afro-catolico cubano, santeria, o orixa femino Yewa esta associado a Virgem Negra de Monserrate
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Yewa is a very severe and reclusive orisha, intimately linked
to death. She is the personification of purity and character.
It is believed that this is the orisha that watches over the
cadaver when it is laid to rest. Although closely related with
maritime affairs, she is worshipped in the cemetery, the river,
and the lagoon. Her favorite offerings are flowers,
particularly fragrant ones, and in Lukumí lore is considered to
be the most beautiful and coveted flower in Oduduwa’s garden,
whom Shango eventually seduces and “disgraces.”

Many priests claim that in Yorubaland Yewa was worshipped
within a cave that could only be reached by swimming across the
lagoon she presided over along with Olosa, orisha of the
lagoon. She is described as an Amazon-like queen, forbidding
sexual contact for her worshippers. Her court was attended by
eunuchs under the supervision of Logun Ede.

Yewa is the Orisha who lives in the depth of the cemetery and
symbolizes the final resting place if the dead.

The virgin Yewa became pregnant by Shango, one of the Orisas
(possibly Boromu) convinced her to take herbal remedies to
"abort" the child naturally, when she did, reluctantly, she
buried the remains under a tree and brokenhearted she exiled
herself to the realm of the dead. With that Boromu went off to
tell her father Olofin what Yewa had done, and took him to the
very spot under the tree where she had buried her child.
Horrified, Olofin went immediately to the spot where the
child's remains were buried and unearthed his grandchild,
Borosia....this is why they call, the Orisa of Oddua's court
Brosia or Borosia (and guardian of Oddua's palace), the missed
abortion of Yewa...

In traditional Yoruba culture there were no "grave yards," the
dead were buried in graves that are partially in the compound
and pass under the wall of the house to be partially in the
house. Yewa, is in and represents the grave it self, (the worms
and internal parasites that consume our flesh are Yewa).

quarta-feira, abril 19, 2006

19 DE ABRIL DIA DO INDIO

Em 1940, no México, foi realizado o I Congresso Indigenista Interamericano, com a presença de diversos países da América e os índios, tema central do evento, também foram convidados. Como estavam habituados a perseguições e outros tipos de desrespeito, preferiram manter-se afastados e não aceitaram o convite. Dias depois, após refletirem sobre a importância do Congresso na luta pela garantia de seus direitos, os índios decidiram comparecer. Essa data, 19 de abril, por sua importância histórica, passou a ser o Dia do Índio, em todo o continente americano.
Foto: Valter Sanchez. Índias Karajá


FUNAI-Fundacao Nacional do Indio

PALAVRAS DE ORIGEM AMERINDIA CORRENTEMENTE USADAS EM PORTUGAL

Palavras portuguesas de origem tupi ( Brasil, Paraguai, Bolivia, Guiana Francesa, Peru): amendoim, ananás, arara, caju, guarana, jacaranda, jacare, jaguar
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náuatle (Mexico, Estados Unidos): abacate, axolotle, cacau, chocolate, tomate, xícara
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quéchua (Peru, Equador, Chile, Boliva, Argentina)): alpaca, coca, condor, guano, puma
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taino (Antilhas): cacique, caimão, furacão, tabaco
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aruaque (Brasil, Colombia, Peru, Bolivia, Suriname, Republica Dominicana, Bolivia, Honduras, Argentina, Venezuela): batata, canibal, canoa, furacão, goiaba, iguana, maizena
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caribe (Colombia, Venezuela, Guianas, Brasil, Suriname, Venezuela): cobaia, colibri, tubarão
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diversas: chicote, esquimó, mogno, papaia, totem
...
A lista das palavras amerindias que entraram no vocabulario portugues e imensa e eu limitei-me a escolher palavras de uso muito comum em Portugal (os leitores brasileiros e argentinos provavelmente usam muitas mais no seu dia a dia). Ttupi,nauatle, quechua,etc... referem-se a grupos linguisticos e nao a uma lingua em si, (a semelhanca de classificacoes como romanica ou eslavaque usamos para as linguas europeias)
Quem tiver curiosidade (e muito tempo livre) pode encontar a lista completa e mais informacao no site Vocabulários e dicionários de línguas indígenas brasileiras

DAS INSONIAS E DA QUESTAO DO MASSACRE DE 1506

Guilt is a wasted emotion... or so I keep telling myself
Angel Dark, Demon Bright- Gene Roddenberry's Andromeda
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Gracas as insonias que me tem atormentado nos ultimos tempos tive a oportunidade de ir seguindo o debate em torno da questao das 4000 velas em memoria do massacre dos cristaos novos em 1506. (Quem estiver interessado pode consultar o Rua da Judiaria, o Quase em Portugues, ou o Cocanha, o Miniscente , o A Origem das Espécies ,o Adufe , o A Memória Inventada, o Os Tempos que Correm ,o Renas e Veados ,o O Amigo do Povo ,o Bombyx Mori ,0 Ma-Schamba, 0 Água Lisa, o Local & Blogal o Welcome to Elsinore,o Dragoscopio e ir seguindo os links)
Espanta-me que alguem tao inteligente como o Nuno Guerreiro, ainda nao se tenha apercebido que os leitores do seu blog sao na sua maioria gentios e como tal vao interpretar o que escreve a luz de uma tradicao cultural fortemente influenciada pelo catolicismo, no contexto do qual o acender velas e o orar pelos martires sao accoes com conotacoes religiosas especificas- sendo uma das quais a expiacao de culpas e pecados. O autor do Rua da Judiaria diagnosticou, e na minha opiniao correctamente, que alguns dos detractores da cerimonia das velas sao motivados por sentimentos de anti-semitismo, contudo este anti-semitismo e de origem moderna e laica, nao tem relacao alguma com o massacre de 1506, sendo antes motivado por uma condenacao quer das politicas interna e externa do estado israelita quer da capitalizacao do holocausto judaico por parte de alguns grupos de interesse. Por muito justa que seja a indignacao sentida por muitos de nos relativamente a questao isrealo-palestiniana e tudo quanto lhe esta associado, ninguem tem o direito de a projectar sobre o Nuno Guerreiro e de o acusar de ter uma "agenda", as suas intencoes ao lembrar o pogrom de Lisboa sao, tanto quanto sei e nao tenho motivos nenhuns para supor que assim nao seja, perfeitamente legitimas e cristalinas. Mesmo raiando por vezes o proselitismo, o Rua da Judiaria nao e uma quinta coluna sionista .
A teoria da conspiracao da existencia de um suposto complot para eliminar a memoria do massacre parece-me totalmente descabelada, mas tem tido os seus apaniguados. Nao vou entrar por este caminho, sao quase 2 da manha e eu ainda tenho muito que escrever...
E verdade que muito boa gente nunca ouviu falar do pogrom de Lisboa, mas o mais provavel e que tambem ignore a existencia da questao do mapa cor de rosa ou do tratado de Metween , e se sabe que existiu o processo dos Tavoras e gracas ao famigerado Moita Flores. Por falar em Moita Flores, onde e que ele anda? Como e que ainda nao aproveitou este sumarento material para produzir mais uma seriezita cheia de atrocidades diversas, mortes violentas e gore galore?
A titulo de curiosidade vou divulgar os resultados de um pequeno inquerito sobre este tema feito aos membros da minha familia imediata: eu, a minha mae, a minha avo e o meu irmao Paulo conheciamos razoavelmente bem os factos, o meu marido disse que se estava a borrifar para as polemicas dos blogs e que eu nao me metesse nisso, o meu pai e da escola que acha que a historia mete a inquisicao ao barulho, a minha tia nao conta porque e historiadora, nao consegui falar com a minha irma nem com o meu cunhado e a minha sobrinha Beatriz so nasce daqui a dois meses. Tendo em consideracao que somos gente interessada e curiosa mas nao propriamente a familia de S. Thomas Moore que discutia Platao em latim com Erasmo de Roterdao enquanto jantava, eu nao diria que a morte dos 4000 cristaos novos as maos da turba enraivecida seja um conhecimento assim tao esoterico. Como so um de nos tirou um curso na area das ciencias sociais e humanas , presumo que haja outros meios de conhecer a tragedia do domingo de Pascoela sem ser por via universitaria... ao contrario do que pretendem alguns dos defensores da teoria do branqueamento historico do 19 de Abril de 1506.
Tambem acho deveras interessante que alguns bloggers, especialmente da subespecie que tem o seu nicho ecologico nas caixas de comments, que se dedicaram a desancar a ignorancia e o embotamento moral do povo portugues com uma pertinacia e uma verbe dignas d' "O Lodacal" de Joaoa da Ega muitas vezes nao saibam sequer escrever pogrom, aparentemente nao distingam um judeu de um cristao-novo e tenham tido que esperar pelos posts do Rua da Judiaria para tomarem contacto com um facto historico com que a minha avo de 84 anos e cuja a instrucao formal se resume a quarta classe estava perfeitamente familarizada...e nestas ocasioes que os ingleses costumam recomendar o consumo de uma especialidade culinaria que da pelo nome de humble pie.
O Governo portugues supostamente ignorou a ocasiao? Que eu saiba o governo portugues nao se costuma associar a comemoracao de datas historicas que nao sejam o 5 de Outubro e o 25 de Abril. Nao vejo porque haveria de se abrir um precedente nesta ocasiao quando tal nao foi feito dia 9, dia da Batalha de La Lys, por exemplo.
Nao vou pretender de modo algum, pois isso seria tremendamente desonesto da minha parte, que o massacre de 1506 seja uma parte da historia com que nos portugueses convivamos com facilidade, e uma memoria amarga com que e complicado lidar-mas nao e de forma alguma a unica. Gostamos de recordar o trafico de especiarias e sedas nos descobrimentos mas nao o de escravos, nao referimos as maquinacoes politicas que levaram a participacao de Portugal na primeira grande guerra, a guerra colonial e um assunto tabu e e dificil engolir que em 1926 Salazar foi visto como uma especie de salvador da patria...podia continuar a lista de exemplos, mas nao me parece que valha a pena no contexto deste post-nenhum pais gosta de ser confrontado com os esqueletos que estao escondidos no armario.
Ja e tardissimo e eu tenho mesmo que ir dormir, mas mais tarde pretendo voltar a este assunto

terça-feira, abril 18, 2006

POR FALAR EM EPITAFIOS

In Ruidoso cemetery, New Mexico:
Here lies Johny Yeast
Pardon me
For not rising.


A lawyer's epitaph in England:

Sir John Strange
Here lies an honest lawyer,
And that is Strange.

On a grave from the 1880s in Nantucket MA:


Under the sod and under the trees
Lies the body of Jonathan Pease.
He's not here, there's only the pod,
Pease shelled out and went to God.


John Penny's epitaph in the Wimborne, England, cemetery:
Reader, if cash thou art
In want of any
Dig 4 feet deep
And thou wilt find a Penny.

In a London cemetery:
Here lies Ann Mann,
Who lived an old maid
But died an old Mann.
Dec. 8, 1767

Memory of an accident in a Uniontown, Pennsylvania cemetery:

Here lies the body of Jonathan Blake
Stepped on the gas
Instead of the brake.

In a Silver City, Nevada, cemetery:
Here lays Butch,
We planted him raw.
He was quick on the trigger,
But slow on the draw.
In a cemetery in Hartscombe, England:

On the 22nd of June
Jonathan Fiddle
Went out of tune.

In a cemetery in Hartscombe, England:

Here lies one Wood
Enclosed in wood
One Wood
Within another.
The outer wood
Is very good:
We cannot praise
The other.
In Memory of Beza Wood
Departed this life Nov. 2, 1837 Aged 45 yrs.

In Newbury, England [1742]:

Tom Smith is dead, and here he lies,
Nobody laughs and nobody cries;
Where his soul's gone, or how it fares,
Nobody knows, and nobody cares

On an innkeeper's grave 1875:

Beneath this stone, in hopes of Zion,
Doth lie the landlord of the Lion;
His son keeps on the business still,
Resigned unto the heavenly will.

On a Devon tombstone:
Here lie I by the chancel door;
They put me here because I was poor.
The further in, the more you pay,
But here I lie as snug as they


domingo, abril 16, 2006

CHRISTOS ANESTI!


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Uma amiga grega contou-me que durante a Pascoa os cristaos ortodoxos saudam-se dizendo "Christos Anesti"-Cristo Ressuscitou-"Alithos anesti!"- Em verdade Ressuscitou.

Eu ressuscitei!
Nao estou mais no meu tumulo
Durante tres dias preguei
Aqueles que viviam sob a terra *
E agora eles sao livres!
E vos, vos que ainda viveis,
Escolhesteis viver em Mim,
Para que vivais para sempre e nunca morrais?
A Minha ressurreicao e para vos.
Hoje podeis levantar-vos
E libertar-vos das amarras do passado.
Podeis ressuscitar Comigo
Vitoriosos nesta vida
E em gloria na proxima!
Cristo Ressuscitou!
Em verdade ressuscitei!
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Hino Pascal Ortodoxa Grego
*Segundo algumas tradicoes cristas, durante o periodo que decorreu entre a morte e a ressureicao Jesus desceu as regioes inferiores em que viviam os mortos, “descendit ad inferos” , para resgatar as almas dos que morreram antes da Sua vinda.

sexta-feira, abril 14, 2006

FANTASIAS DE PASCOA

O coelhinho foi com o Pai Natal e o palhaço no comboio ao circo

O BOM LADRAO

E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino.
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.

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Lucas 23, 42-43
Ilustracao: Rembrandt Van Rijn, A Crucificacao

quinta-feira, abril 13, 2006

In 1984 Anne Schutterlin from the Salvation Army decorated a hen's egg for Easter with a thorn-crowned head of Jesus, and gave it to Naomi Drury, 11, who took it to Doncaster Junior School, in Mexborough, Yorkshire, where it joined 160 other eggs. Trevor Whitehead, her teacher, noticed the face of Jesus was weeping from his right eye. 'There was certainly no jiggery pokery', he said. The headmaster wiped the tear away at least a dozen times, but it always reappeared. Ms Schutterlin was sure there was no moisture in the egg. 'I boiled it for 10 minutes. It was rock hard.'
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Claro que Nosso Senhor Jesus cristo chorou, eu tambem choraria se pintassem a minha cara num ovo de galinha. E ha uma coisa que me esta a fazer uma certa especie, porque e que a imagem so chorava de um olho? So tinha um olho bom, era? Sera que Anne Schutterlin pintou Camoes com uma coroa de louros em vez de Jesus Cristo com uma coroa de espinhos?
O unico membro da Santissima Trindade que faria algum sentido associar a ovos seria o Espirito Santo, e mesmo assim so se fossem ovos de pomba... Tambem nunca percebi muito bem a predileccao do Redentor e Sua Mae por se fazerem representar em torradas, ovos e manchas de humidade em cortinas de chuveiro- sera a pobreza do meio uma forma de apelar a pobreza evangelica? Na minha optica apela e a pobreza de espirito, mas eu nao sou nenhuma perita em exegese crista e corro o risco de estar a incorrer num dos novos pecados noticiados pela agência Ecclesia, possivelmente no de usar a internet para divulgar parvoices.
Que sorte que os tempos do Antigo Testamento ja la vao e Nosso Senhor Jesus Cristo nao sai ao Pai, senao a escola de Doncaster era cilindrada por uma coluna de fogo e enxofre e era muitissimo bem feito!

Oh, if I could only get some sleep
Creeky noises make my skin creep
I need to get some sleep
I can't get no sleep....

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Faithless, Insomnia
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A pior coisa das insonias e a programacao nocturna dos canais ingleses... sao 2h30 da manha e eu ja vi duas reposicoes do Coronation Street, tres series avulsas do Horror Chanel,uma demonstracao de uma picadora que ate moi pregos e um programa evangelico brasileiro chamado "Em que posso te ajudar?". Percorri todos os canais de acesso livre da Sky Box, do 101-BBC 1-ao 999, em que um pato e um cao tentam desesperadamente convencer-me a carregar no botao vermelho do telecomando. E nestas alturas que eu lamento profundamente que o meu conhecimento de drogas recreativas e farmaceuticas seja tao limitado, era capaz de fumar o tapete da entrada se isso me fizesse dormir... ou de cheirar cola, se soubesse onde e que guardei o ultimo tubo que comprei...
Acho que me vou dedicar a surfar a internet e procurar paginas sobre as mais belas imagens de funerais vitorianos ou como produzir antrax e napalm usando materiais a venda em qualquer supermercado , e o tipo de coisa que me deixa sempre animada e com vontade de enfrentar mais um dia e duas viagens num metro apinhado...
Como diria o conde Patracula: Tenham uma boa noite... se conseguirem.

domingo, abril 09, 2006

ANGST

Angst is a German, Dutch and North Germanic word for fear or anxiety. It is used in English to describe an intense feeling of internal emotional strife.
A different but related meaning is attributed to Danish philosopher Søren Kierkegaard (18131855). Kierkegaard used the word angst (Danish, meaning "dread") to describe a profound and deep-seated spiritual condition of insecurity and despair in the free human being. Where the animal is a slave to its God-given instincts but always confident in its own actions, Kierkegaard believed that the freedom given to mankind leaves the human in a constant fear of failing its responsibilities to God. Kierkegaard's concept of angst is considered to be an important stepping stone for 20th-century existentialism.
While Kierkegaard's feeling of angst is fear of actual responsibility to God, in modern use, angst is broadened to include general frustration associated with the conflict between actual responsibilities to self, one's principles, and others (possibly including God). Still, the angst in alternative music may be more accessible to most audiences than the esoteric tradition of existentialism. The term "angst" is now widely used with a negative and derisive connotation that mocks the expression of a common adolescent experience of malaise.
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in Wikipedia